Papagaia se torna 'segurança' de idosa

Maria Helena mora sozinha e diz que sua maior companhia é papagaia. Antes de papagaios, dona de casa cuidou de sabiá por oito anos.
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Há mais de duas décadas, a "loirinha" já faz parte da família e, há um ano, é a única companhia da dona de casa Maria Helena do Nascimento, de 69 anos. Após ter um sabiá, o qual cuidou durante oito anos, dois papagaios também a distraíam. Hoje, o amor é dedicado ao seu único bichinho de estimação, que também "faz a segurança de casa".

Segundo a idosa, o carinho pelos animais começou há muito tempo, quando um sabiá caiu do pé de jaca em seu ombro. "Eu cuidei dele durante oito anos e quando caiu, coloquei uma linha em seu pézinho para que conseguisse voar. Ele voava no meu ombro e até banho eu dava aqui. Eu era a mãe dele. A comida, eu colocava dentro da minha boca pra que ele comesse", diz.

Com tristeza, a dona de casa conta que um certo dia pediu para que uma amiga cuidasse do pássaro enquanto varria o quintal, mas, em questão de segundos um gato atacou o animal de estimação. "Escutei aquele grito. O gato pulou em cima do bichinho, só não comeu porque estava com a linha nas pernas. Cuidei dele durante alguns dias chorando muito, depois ele morreu no meu ombro, que estava cheio de sangue", desabafou a idosa.

Mesmo com a paixão, ela conta que foi difícil querer se apegar novamente. "Meu cunhado veio da fazenda e me ofereceu dois papagaios. Eu disse que não queria mais nada não. Já bastava o sabiá que quando morreu eu quase morri do coração", disse.

Dona Helena conta que acabou pegando os papagaios irmãos com apenas um dia de vida. O primeiro, que faleceu em maio do ano passado, com 25 anos de idade, falava de tudo. Segundo moradores mais antigos, ele assoviava e cantava muito.

Maria diz que se sente mãe dos animais. "Eu cuidei muito dela, essa aqui que ficou eu cuido e ela cuida de mim também. É como minha filhinha mesmo, sabe?". A papagaia, que está viva e faz companhia a idosa, completou 26 anos em fevereiro. Vizinhos contam que a papagaia é tão fiel à dona que repete o que ela fala em tom de brincadeira, como "maconheiro".

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