Paraplégico pinta prédio sozinho e garante: 'Ainda dá para fazer tudo'

Deficiência causada por um tiro não o impediu de continuar trabalhando. Morador de Sorocaba encontrou na pintura força para seguir em frente.
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O baiano Hernesto Lobeu de Costa ficou paraplégico depois de levar um tiro na décima vértebra da coluna enquanto trabalhava como taxista em São Paulo, em 1984. Após passar por um período de aceitação da sua condição física e, consequentemente, de depressão, ele se mudou para Sorocaba.

Atualmente com 65 anos, Hernesto dá exemplo de superação ao trabalhar sozinho na pintura interna de um prédio de três andares que resolveu construir como investimento depois de receber uma herança de família.

Para desempenhar a função de pintor, o ex-taxista - que faz uso de uma cadeira de rodas para se locomover - teve que inventar um equipamento para lhe ajudar a pintar as paredes do prédio. "Eu fiz uma vara para poder pintar as paredes e com ela eu faço tudo. Consigo lixar e até passar massa", garante.

E para ir de um andar ao outro, Hernesto investiu em um elevador utilizado para carga. "Eu podia contratar alguém pra fazer esse trabalho, mas não quis. Afinal, encontrei na pintura uma forma de seguir em frente e não desanimar da vida; porque ela não acabou".

O primeiro emprego de Hernesto paraplégico foi para conduzir um triciclo de publicidade - comprado com o dinheiro de uma rifa feita por amigos - pelas ruas da cidade. Maria José ajudava como podia fazendo faxina e trabalhando como manicure. Mas depois que Hernesto recebeu uma herança, decorrente da morte de seu pai, ele conseguiu investir nas construções de imóveis.

Só que mesmo assim ele não parou de trabalhar, já que resolveu colocar a mão na massa, literalmente, durante a obra de uma casa e do prédio que tem atualmente.

G1

 

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