Tudo por causa da chamada "cota de gênero" 

A chamada "cota de gênero", que prevê um percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas, está causando polêmica em Paraguaçu Paulista, na região de Assis (a 80 km de Marília).

Isso porque a Justiça Eleitoral condenou o PDT que foi acusado de fraudar a legislação eleitoral. Com a decisão, o partido perde todos os votos obtidos no dia 6 de outubro e um vereador eleito ficará impedido de ser diplomado.

Entenda o caso

A justiça eleitoral instaurou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral após a identificação de que uma candidata a vereadora pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista) de Paraguaçu Paulista não obteve nenhum voto e nem teria realizado campanha efetiva. Isso aumentou a suspeita de sua candidatura como fictícia para cumprimento formal da cota de gênero.

A ação foi julgada procedente pela juíza Aline Amaral da Silva. Com a decisão, o presidente do partido ficará inelegível por oito anos, o mesmo acontecendo com a candidata que teria cometido a fraude.

Sem votos!

O prejuízo maior ficou para os candidatos a vereador. Isso porque a decisão implica a anulação dos 1.624 votos recebidos pelo PDT nas eleições municipais, equivalente a 7,6% dos votos válidos. Dessa maneira, o candidato Professor Rodrigo Andrade (foto) perde o status de eleito, ficando impedido de ser diplomado.

A justiça determinou a recontagem dos quocientes eleitoral e partidário que vai definir quem efetivamente ficará com a vaga conquistada na Câmara pelo PDT. Não foi definido um prazo para essa recontagem. 

O candidato Rodrigo Andrade, que obteve 478 votos nas últimas eleições (foi o sexto mais votado), ficou indignado com a decisão. “Eu tomei conhecimento da sentença, mas não concordo, principalmente no tocante a condenação aplicada aos demais candidatos do partido e a mim, pois não tivemos nenhuma participação na suporta fraude", afirmou. Ele acredita que o partido irá recorrer da decisão ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Informações Assiscity e TV Paraguaçu.