Pilotos paraplégicos formam esquadrilha de acrobacias aéreas

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Mensagem de esperança a todos os deficientes físicos do mundo

 

Três italianos formam uma "esquadrilha da fumaça" diferente: dois dos três pilotos especializados em acrobacia são paraplégicos e não podem mover as pernas. Agora, a flâmula do grupo será levada ao espaço por uma astronauta italiana.

 

A equipe de acrobatas que ganhou o nome de "WeFly Team" é especial: formada por um instrutor e dois pilotos paralíticos, ela se apresenta em shows não só na Itália, mas por toda a Europa.

 

Alessandro Paleri, de 42 anos, e Marco Cherubini, 41, se conheceram em uma reunião na Federação Italiana de Pilotos Deficientes (FIPD) e tiveram a ideia de fundar uma esquadrilha. Eles foram instruídos pelo veterano piloto italiano Erich Kustatscher e aprenderam a fazer voos de acrobacia.

 

Paleri sofreu uma fratura na vértebra cervical ao pular em uma piscina rasa em 1987, e Cherubini ficou tetraplégico depois de um acidente de carro em 1995. Os dois aprenderam a pilotar depois de perderem os movimentos das pernas.

 

A esquadrilha voa com aviões monomotores Texan Top Class produzidos na Itália e que foram adaptados para o uso por deficientes físicos. Eles são dotados de equipamento para deixar rastros de vapor branco ou colorido nos céus.

 

"Nós queremos mostrar que, mesmo presos à uma cadeira de rodas, os paralíticos podem voar, fazer acrobacias e se igualar aos melhores pilotos do mundo", dizem Paleri e Cherubini.

 

Apesar das dificuldades, pilotos deficientes podem fazer tudo o que é necessário para voar, incluindo o abastecimento e a manutenção diária do avião, contam os dois pilotos, que também dão palestras para jovens falando sobre sua experiência.

 

A esquadrilha baseada no norte da Itália ficou bastante conhecida no país e agora vai receber uma honra especial: Samantha Cristoforetti, primeira astronauta italiana da Agência Espacial Europeia (ESA), levará a flâmula da equipe ao espaço sideral.

 

Samantha parte em novembro deste ano para a Estação Espacial International (ISS, em inglês) para uma longa missão de seis meses. Ela apoia os pilotos paraplégicos e levará consigo o símbolo da esquadrilha.

 

"Se eu cheguei aonde estou e posso realizar meu sonho de ir ao espaço, é porque muitas pessoas me inspiraram – inclusive os amigos da esquadrilha WeFly Team", declarou a astronauta.

 

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