Abandonado, com machucados e quase morrendo. Foi nestas condições que a cabeleireira Bruna Chaves de Almeida Yungh encontrou um pit bull em uma estrada localizada próxima a Sorocaba. Quando se deparou com o cão, a jovem parou o carro e abriu a porta para aquele que viraria o mais novo membro da família. "Entrou no carro como se fosse convidado", conta Bruna, que decidiu dar ao bichinho uma vida melhor, longe dos maus-tratos.
A dona se comoveu com a situação do animal, batizado de Hércules, e desconfia que ele tenha sido vítima de "rinhas", exercendo a função do cão que apanha dos outros mais fortes.
O sofrimento deixou marcas pelo corpo todo do animal. Após ter sido socorrido, a luta de Hércules passou a ser pela recuperação.
A doença havia tomado praticamente todo o corpo do bichinho, deixando aparentes as costelas e as feridas.
Mesmo apresentando evolução nos machucados da pele, os medicamentos não conseguiam apagar os traumas causados pela violência. Neste momento, foram essenciais não só o carinho dos novos donos, mas também o apoio de uma nova amiga: a pastor-alemão Amora.
"Ela praticamente ensinou ele a sair na rua. Quando eu tentava levar o Hércules para passear, ele travava. Já quando iam os dois, parece que ele se sentia mais seguro e eles andavam juntos", comenta a dona.
Amora aprendeu desde filhote a 'psicologia canina', uma forma de adestrar o animal por meio da disciplina, exercício e afeto. "O resultado é uma cachorra equilibrada e uma ótima amiga", explica Bruna.
Acostumado com o movimento no comércio e conhecido pelos clientes do salão de beleza, o Pit bull acumula amigos e fãs de sua história. "Eles chegam no portão e brincam jogando uma bolinha, que é a vida dele. A rotina do Hércules se resume a correr atrás dela. Mas nem sempre foi assim, pois antes eu tinha pavor. Agora peguei amor ao meu bebezão", finaliza Neuza.
G1
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