Só por este crime, pode ser condenado a até 30 anos de prisão, além de duas tentativas de homicídio
O Ministério Público denunciou o policial militar Moroni Siqueira Rosa por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e também por tentativa de homicídio contra mais duas vítimas, informa o G-1. Ele foi preso acusado pela morte de Hamilton Olímpio Ribeiro Júnior (foto), de 29 anos, durante show da Lauana Prado em Marília.
Com isso, somente pelo homicídio a pena deverá variar de 12 a 30 anos, sem levar em conta os tiros disparados pelo PM que atingiram mais duas pessoas (nesses dois casos, será acusado por tentativa de homicídio). Com a denúncia do MP, o policial será processado judicialmente e poderá ir à júri popular.
O motivo foi considerado torpe (considerado como imoral, vergonhoso, repudiado moral e socialmente) porque há indícios que Moroni estava consumindo bebida alcoólica (existem fotos que mostram ele com uma latinha de cerveja na mão) e portava a arma de serviço.
O PM com uma lata de cerveja na mão.
A conclusão do inquérito aconteceu após o interrogatório do PM na Central de Polícia Judiciária de Marília. Durante esse depoimento, no dia 5 de setembro, ele alegou que teria sido agredido pela vítima e negou ter ingerido bebida alcóolica. Moroni argumenta legítima defesa.
Como foi o crime
O show de Lauana Prado ocorreu na segunda noite do Marília Rodeo Music. Durante sua apresentação ocorreram os disparos. Lauana percebeu a confusão, paralisou imediatamente a sua apresentação (gritou "parou, parou...") e deixou o palco às pressas.
O crime foi gravado pelo público que estava na plateia. Nas imagens, que foram desaceleradas, é possível ver que o suspeito apontou a arma em direção à vítima e disparou. Também é possível ouvir o barulho do disparo. Desesperado, o público tentou fugir do local. Além de causar a morte de Hamilton, os disparos atingiram mais duas pessoas, uma delas de raspão no pescoço (foto).
O advogado de defesa alegou que o motivo da briga teria sido pelo fato da vítima estar causando confusão no local, como jogar cerveja no público, esbarrões, batendo o chapéu em crianças. Ao ser repreendido pelo PM, teria lhe dado um soco. Nisso, o PM sacou a arma e teria se identificado.
Alega ainda que a vítima foi para cima, tentando tomar a arma do policial, quando ocorreram os disparos. Moroni Siqueira Rosa aguarda julgamento no presídio Romão Gomes (destinado exclusivamente a policiais que cometem crimes). Hamilton Olímpio Ribeiro Júnior chegou a ser socorrido ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu.
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