Polícia Civil diz que jovem de 18 anos é o mentor intelectual do ataque a escola em Cambé

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A Polícia Civil do Paraná informou que o mentor intelectual do ataque à escola de Cambé, no norte do Paraná, foi o jovem de 18 anos preso em Pernambuco, no último dia 21. Ele e o atirador se conheceram em 2021.

Na manhã do dia 19 de junho, um ex-aluno de 21 anos entrou sozinho no Colégio Estadual Professora Helena Kolody e atirou contra dois estudantes. Karoline Verri Alves, 17, e Luan Augusto da Silva, 16, que eram namorados, morreram.

Segundo a Polícia Civil, antes de começar a disparar contra os estudantes, o atirador entrou no banheiro da escola, onde ficou por quatro minutos. Nesse tempo, publicou nas redes sociais documento escrito por ele e pelo jovem apontado como mentor do ataque.

Segundo a investigação, ainda no banheiro, o atirador vestiu uma beca preta. O traje, que costuma ser usado em formaturas, foi repassado a ele pelo outro suspeito (de 21 anos) preso em Rolândia (PR) - como num rito de passagem.

De acordo com o delegado de Cambé, Paulo Henrique Costa, responsável pelo inquérito, foi "tudo planejado via aplicativos e inspirados em atos cruéis compartilhados na deepweb".

"Todos alegam ser vítimas de bullying. A questão da perversidade fica clara, eles falam muito em mortes, suicídios, psicopatias, serial killer, e buscam esses ataques como símbolos e heróis. Possuem ideologias, que seriam referentes a morte, certos preconceitos", diz Costa.

Costa afirma que era como se o atirador tivesse duas vidas. "Eles se preparam e vivem neste mundo paralelo virtual, vivem especialmente para isso. O executor tinha uma vida em Rolândia aparentemente normal. Ele estudou, trabalhava com o pai no campo, e paralelamente, tinha essa outra vida", diz o investigador.

Após o atentado, cinco suspeitos foram presos. 

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