A delegada Norma Lacerda, da 73ª DP (São Gonçalo), afirmou nesta segunda-feira que “ficou impressionada” com a frieza do eletricista Jeferson Basílio, preso após ter torturado um adolescente de 13 anos que sofre da Síndrome de Batten, uma doença neurodegenerativa, e vive em uma cadeira de rodas, na cidade do Rio de Janeiro. Namorado da mãe do menino, Basílio foi preso na tarde de sábado.
Jeferson Basílio foi flagrado por uma câmera de celular deixada pela mãe, que estava desconfiada das agressões. Em depoimento, ela, uma dona de casa de 29 anos, afirmou que Basílio ofereceu R$ 100 mil para que ele não o denunciasse. Ela chamou a polícia e na delegacia, o agressor não quis se pronunciar.
A família do menino desaprovava o relacionamento da mãe da vítima com o agressor. Segundo a avó materna, durante o carnaval deste ano o genro apresentou sinais de que não gostava do menino, que tem paralisia cerebral e é cadeirante.
"Ele me perguntou: 'Já pensou como seria a vida da nossa família se esse menino não existisse: A gente poderia viajar, fazer várias coisas'".
Desde então, ela começou a desconfiar de Jeferson e chegou a alertar a filha. Depois desse episódio, a mãe do jovem tentou terminar o namoro com o agressor algumas vezes, mas ele sempre se mostrava muito amoroso.
Assim que começou a desconfiar do namorado, a mãe decidiu, junto com uma amiga, colocar um celular para gravar o flagrante. Ela contou que quando mostrou o vídeo para o agressor, ele pediu perdão de joelhos e ofereceu R$ 100 mil para que ela não o denunciasse à polícia.
O adolescente chegou a ser internado, mas já recebeu alta e passa bem.