Policiais Militares de Marília contam suas histórias

O Visão Notícias foi até o Batalhão da PM conhecer a história de mulheres que trabalham todos os dias para nossa segurança. Confira!
Compartilhe:

A Polícia Militar do Estado de São Paulo foi pioneira na integração de mulheres ao seu efetivo. Em 12 de maio de 1955, as primeiras 13 jovens da então Força Pública iniciaram seus trabalhos de apoio em estações de trem da capital do Estado. Incorporar mulheres na segurança pública foi um fato histórico, uma quebra de paradigmas. De lá pra cá, muita coisa mudou. Hoje, a mulher pode desempenhar qualquer função dentro da Polícia Militar, tendo plena capacidade para atingir qualquer posto ou graduação, passando por avaliações físicas, intelectuais e psicológicas.

O portal Visão Notícias foi ao 9º Batalhão de Polícia Militar do Interior, na zona sul de Marília, para uma entrevista especial no Dia Internacional da Mulher.

Nossa reportagem foi gentilmente recebida pela Capitão Andréa, que atualmente é a comandante da 5ª Companhia de Policiamento, responsável pelo patrulhamento dos setores leste e sul de Marília.

Segundo a PM, as mulheres correspondem à cerca de 10% do efetivo da Polícia Militar. Ingressando com a patente de Soldado em 1996, Andrea entrou dois anos depois na Academia de Polícia Militar do Barro Branco para o Curso de Formação de Oficiais. Quatro anos mais tarde, atingiu a patente de Tenente, exercendo desde então posições de comando.

Mãe de duas crianças, Meire destacou também a importância da sensibilidade de ser mãe (ou pai), o que gera uma maior capacidade de solucionar conflitos de todos os níveis.

Para a Capitão, a mulher hoje tem capacidade para trabalhar onde quiser, em todas as áreas, incluindo a PM. “Hoje temos mulheres nas mais diversas patentes e trabalhos dentro da Polícia, como Patrulha nas ruas, patrulhamento aéreo, setores ambientais, Corpo de Bombeiros. Com exceção à fatores físicos, não há diferença entre o trabalho masculino ou feminino dentro da Corporação, e se uma mulher sonha em atingir tal posto, ela tem plena capacidade para isso.

RÁDIO PATRULHA:

Para a Cabo Cláudia Leal, a vontade de ser policial vem desde criança. “Meu padrinho era policial. Às vezes, a viatura, na época o Opala, passava na frente da casa dele, e eu ficava louca, apaixonada, pensava que era aquilo que queria pra minha vida”. Cláudia, que está a quase 18 anos na PM e já trabalhou nas mais diversa área dentro da Corporação hoje desempenha funções no Corpo da Guarda do Batalhão.

Segundo a militar, a ocorrência que mais marcou sua vida foi no período em que atendia as ligações de emergência no 190. “Estava trabalhando e recebi a ligação de um garoto que dizia que um homem estava dentro de sua casa. No começo achei que fosse trote, é necessário certo cuidado nestas situações, precisamos triar as informações antes de despachar uma viatura”. “Com base nas respostas nervosas do garoto, percebi que o caso era real. Desesperado, ele pedia por uma viatura, que rapidamente foi despachada”.

Cláudia ficou por vários minutos na linha com a criança até a chegada dos policiais, que conseguiram prender o criminoso.

Para ela, a mulher que tem o interesse de ingressar na PM deve se dedicar: “Eu acho que toda mulher que tem este sonho, não é impossível, basta querer, lutar, correr atrás. Mas eu digo uma coisa, realmente vista e honre a farda, pois ela é digna de todo o respeito, de tudo. A Polícia Militar pra mim é isso, é tudo.

CAVALARIA:

Primeira mulher a ingressar no Regimento de Cavalaria em Marília, Cabo Ester ingressou na Polícia Militar 16 anos atrás. “Sempre gostei da corporação, sempre admirei. Quase todos meus parentes eram PM’s, e eu tinha aquela vontade de entrar na Polícia Militar. Graças a Deus consegui, gostei do serviço, e hoje estou aqui, amo o meu trabalho.”.

Ester iniciou suas atividades no Rádio Patrulhamento, posteriormente ingressando nos pelotões de Choque da capital paulista. “Trabalhei um período no 2º e no 4º Batalhão de Choque. No 2º eu era do operacional, trabalhava na tropa, e foi uma excelente experiência para mim.”.

Para a policial, a paixão por cavalos veio de criança. No período do Batalhão de Choque, Ester sempre tinha contato com a cavalaria da PM no Regimento 9 de Julho, onde se interessou ainda mais pelo trabalho com os animais. “Eu gosto de animais, achava muito bacana, sempre admirei. Quando vim para Marília, em 2011, sempre vinha ver os cavalos, até que um dia a então Tenente Vanessa (hoje Capitão), que era comandante da Força Tática, viu meu gosto e proporcionou meu ingresso na Cavalaria. Fiz o curso em São Paulo, e hoje meu dia a dia é aqui.”, conta orgulhosa, mostrando o picadeiro dos eqüinos. “Graças a Deus e a Capitão Vanessa, estou aqui, e desempenho todas as funções aqui, sou eternamente grata, é maravilhoso, eu adoro.”.

Ester conta que o trabalho é puxado. “Nós chegamos cedo e fazemos todos os serviços pertinentes de manutenção e cuidados do ambiente e dos animais, além do patrulhamento na rua. O que tivermos que fazer, nós fazemos. Quando o dia termina, é ir pra casa e dormir”, conta, em meio a risadas, com satisfação.

Ela deixa um recado de que para ingressar na Corporação é necessário vontade e animação: “Você é mulher e quer entrar na Polícia Militar, venha, mas venha com vontade, dedicação, venha para somar. É disso que precisamos, de mulheres para somar conosco!”.

NOTA: Infelizmente não foi possível entrevistar um grande número de policiais. As três militares da reportagem acima representam o enorme contingente de mulheres que atuam no dia a dia da Polícia Militar.

ASSISTA A ENTREVISTA EM VÍDEO:

Esta é uma homenagem do portal Visão Notícias a todas as mulheres da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que dia após dia, noite após noite, se empenham com força e bravura para a segurança da população.

Reportagem: Thiago Oliveira 

Receba nossas notícias no seu celular: Clique Aqui.
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288

Desenvolvido por StrikeOn.