Encaixar a reunião na correria do dia a dia não é tarefa fácil, e, para piorar, os pais ficam, muitas vezes, com aquela pulga atrás da orelha: Será que é mesmo importante ir à reunião de pais?
Sim! Esse contato no início do ano letivo é fundamental. Mais do que isso, é a base para o engajamento entre família e escola. Já o fato de ser única reunião em alguns casos é um problema que vamos tratar em outro momento.
E elas apresentaram também uma porção de coisas interessantes. Dentre elas, motivos bem convincentes para a gente levar a sério esse primeiro momento do ano com a escola, alguns dos quais listo abaixo:
Motivo 1: conhecer o trabalho da escola
Susane Lancman, coordenadora do ensino médio da Escola da Vila, em São Paulo, aponta que a reunião de pais:
- antecipa aspectos do trabalho que precisam ser conhecidos, assim como os objetivos e os conteúdos curriculares próprios daquele momento escolar;
- traz os informes de planejamento organizacional e os grandes combinados;
- aborda temas importantes para cada fase (exemplo: avaliação externa, passagem de um segmento a outro, características da faixa etária);
- e, principalmente, visa ampliar a confiança no trabalho desenvolvido pela escola e favorecer a integração dos pais.
Motivo 2: mostrar para as crianças que você valoriza a escola!
Cristina Silveira, psicanalista e psicopedagoga, formadora da Escola de Pais, de Belo Horizonte, frisa que a família precisa dessa aproximação com a escola, pois:
- a obrigação de educar é, antes de mais nada, dos pais, que não podem se ausentar, precisam participar!
- é uma oportunidade para conhecer os valores que serão transmitidos a seu filho e discuti-los;
- quando vão à escola, os pais estão, ao mesmo tempo, mostrando para seu filho a importância que dão a ela. Assim, ele percebe o encantamento e o respeito dos pais pelo ambiente escolar, e se sente acolhido e valorizado. E, consequentemente, ele também passa a valorizar mais a escola.
Motivo 3: reforçar a aliança entre a família e a escola
Heather B. Weiss, diretora do Harvard Family Research Project, nos Estados Unidos, reuniu pesquisas sobre o engajamento da família na educação e apontou que a reunião de pais e mestres é uma peça fundamental para a criação de uma relação de respeito entre família e escola.
Mas, sozinha, ela não é suficiente!
Pais, mestres e comunidade (sim, comunidade!) precisam criar uma estratégia conjunta de acompanhamento do desenvolvimento e do progresso dos alunos, dividindo as responsabilidades, se comprometendo a zelar por eles durante este longo caminho, e criando possibilidades e experiências por toda a vida escolar. Uma comunicação regular e duradoura que está mais para uma responsabilização conjunta.
Para resumir: a reunião de pais é a base para a criação de um vínculo de confiança e respeito entre pais e educadores. Vamos lá, então, conhecer os professores de nossos filhos e selar esse primeiro pacto?
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