Uma dúvida bastante recorrente entre as mulheres é a amamentação após o tratamento ou diagnóstico do câncer. Embora seja raro, existem situações em que o tumor é descoberto no período gestacional. A cada três mil casos há chances de um diagnóstico.
É comum nos dias atuais as mulheres deixarem para ter filho mais tarde, o que aumenta a possibilidade do câncer de mama com diagnóstico na gestação ou a gravidez após o tratamento da doença.
Vamos esclarecer as principais dúvidas sobre câncer de mama associado à gravidez e a amamentação, confira:
Grávidas podem passar pelo tratamento do câncer de mama?
Há formas seguras de tratamento de câncer para gestantes, porém nesses casos algumas terapias são evitadas, como a radiação. É comum após o diagnóstico de câncer o paciente receber as seções radioterápicas, mas em mulheres grávidas essa opção é descartada por ser perigosa e causar problemas na formação do bebê.
Há alguns anos acreditava-se que a quimioterapia era prejudicial para a gestante, porém estudos atuais demonstram que sendo aplicada no terceiro trimestre gestacional (a partir do quarto mês) não acarreta em riscos ou causa danos ao bebê.
O alerta é válido para as terapias hormonais e terapia-alvo, podendo afetar a saúde do feto e indicada somente após o nascimento.
O câncer de mama prejudica a fertilidade?
Após o tratamento do câncer de mama a mulher pode engravidar normalmente, são raros os casos em que a fertilidade é afetada chegando a menos de 4%. O que pode ocorrer nesses casos e a menor produção do leite, principalmente na mama que foi afetada pelo tumor e precisou passar por cirurgia e radiação.
Após passar pelo tratamento do câncer existe um tempo que devo esperar para engravidar?
Não existem ainda estudos que estabeleçam um tempo determinado ideal para engravidar após o tratamento do câncer. O único caso que impossibilita a gestação é quando a mulher é diagnosticada com tumor receptor de estrógeno positivo ou toma a medicação tamoxifeno, droga responsável por provocar a má formação do feto, sobretudo se a mulher consumiu em tratamento por um período igual ou maior a cinco anos.
Existe alguma medida para assegurar a gravidez?
Mulheres que são diagnosticadas com câncer na juventude e estão inseguras em relação a uma futura gravidez podem optar pelo congelamento dos óvulos e assim que desejar ter um filho é possível a fertilização in-vitro. Existem também indicações de remédios que atuam na conservação e proteção dos ovários contra os possíveis danos que possa prejudicar a fertilidade.
Embora seja um tratamento considerado agressivo a quimioterapia não impede diretamente a gestação, principalmente as mulheres jovens voltam a ovular normalmente após passar pelas sessões.
Estou com câncer de mama, posso amamentar o meu filho?
É comum a radioterapia afetar a produção do leite. Ao realizar a mastectomia (retirada da mama e dos ductos mamários) impossibilita a amamentação no seio que passou pela cirurgia, mas em casos de câncer unilateral (em uma das mamas) a mãe pode ficar despreocupada, pois o seio que não passou por nenhum procedimento irá produzir o leite normalmente.
Amamentar é a principal prevenção contra o câncer de mama
Amamentar o seu filho é uma medida de prevenção contra a doença, uma vez que o tumor está relacionado aos hormônios e no período gestacional e na amamentação essas substâncias são pouco produzidas pelo corpo feminino, diminuindo as chances do desenvolvimento do câncer de mama.
Vale alertar sempre sobre os hábitos saudáveis e estilo de vida. Evite o fumo, o álcool, mantenha uma alimentação equilibrada, peso ideal e pratique atividades físicas.
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