O prefeito de Carolina, no Maranhão, Erivelton Teixeira Neves e o vereador Lindomar da Silva Nascimento, são acusados de fazer aborto sem o consentimento da vítima em um motel, em Tocantins. A vítima, era uma mulher com quem o prefeito tinha um relacionamento extraconjugal.
De acordo com o Ministério Público, as investigações apontam que o crime ocorreu no dia 2 de março de 2017, quando Neves, que é médico de formação, levou a vítima para um motel. No local, após constatar que ela estava grávida por meio de ultrassonografia, utilizando um aparelho portátil, ele a dopou com medicação intravenosa, até que perdesse a consciência, e realizou uma curetagem sem o consentimento dela.
Após o procedimento, ele teve o auxílio do seu então motorista Nascimento para deixar a vítima em casa. O caso foi denunciado à Polícia Civil de Tocantins, que contou com o auxílio do Ministério Público do Maranhão e do Tocantins.
Segundo a investigação, o caso aconteceu dentro de um motel, sem condições de higiene para o procedimento. Em entrevista, a vítima disse que caiu em uma armadilha: "íamos nos encontrar pela primeira vez, após eu descobrir a gravidez e foi horrível, eu senti como se minha garganta fechasse ou alguém me apertasse. Foi quando eu olhei para ele e já via tudo embaçado”, diz Rafaela.
Agora, ambos (prefeito e vereador), são formalmente acusados por provocarem aborto sem consentimento da gestante. Ainda segundo o MP, eles respondem à ação penal sem foro especial por prerrogativa de função, uma vez que o ato teria sido praticado antes da posse nos cargos.
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