Prefeitos se reúnem e discutem crise no SUS

Encontro teve dois temas em discussão: reajuste da tabela do SUS e a limitação de atendimento em hospitais
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Mais de 30 prefeitos da região estiveram reunidos no auditório da Prefeitura de Marília nesta semana para debater a crise da saúde provocada por dois motivos básicos: a necessidade de reajuste da tabela do SUS, congelada desde 2007, e a limitação de atendimento de maior complexidade da população por hospitais.

Os estabelecimentos de saúde alegam elevação dos custos, gerada pela inflação. A superintendente da Santa Casa, Kátia Ferraz Santana, por exemplo, foi categórica: "o hospital não tem mais condições de continuar arcando  com o ‘extrateto’ sem a atualização dos números", ao defender essa mobilização dos prefeitos.

O diretor regional de Saúde, Luis Carlos Paula e Silva, destacou ser importante esse debate. “Os prefeitos precisam se unir numa mesma linha visando reivindicar as melhorias junto ao Ministério da Saúde”, comentou.

OPINIÃO DOS PREFEITOS

Vinicius Camarinha (Marília) "É preciso atualizar os recursos para acompanhar a demanda de média e alta complexidade. Por isso, vamos cobrar o Ministério da Saúde”.

José Carlos Damasceno  (São Pedro do Turvo) “O dinheiro está limitado para uma área básica como a saúde. Precisamos cobrar do governo Federal”.

Walmir Bordim (Ubirajara) “O atendimento mais complexo nos hospitais da região está difícil para a população dos municípios pequenos. Quando há dificuldade na Saúde, os moradores criticam antes de mais nada os prefeitos mas a responsabilidade é do governo federal”.

Osvaldo Saldanha (Lucélia) “A saúde pela sua importância é o principal desafio dos prefeitos. Os hospitais regionais começam a limitar o atendimento de média e alta complexidade e a população vem sofrendo as consequências. É preciso resolver esse impasse e reorganizar o atendimento.

Manoel Gaspar (Tupã) “Os governos Federal e Estadual cada vez mais estão empurrando a responsabilidade para os municípios, sem a municipalização dos recursos. A população mora nas cidades e aí a cobrança dos prefeitos é grande, embora a União e o Estado estejam deixando a desejar nos repasses financeiros atualizados”.

João Ferreira Junior (Lupércio) “No atendimento de maior complexidade dependemos dos hospitais de referência de Marília. No entanto, o Hospital de Clínicas e a Santa Casa estão limitando as consultas. Os prefeitos precisam se unir para mostrar a força da região na cobrança junto ao governo federal de melhorias”.

Alessandra Colombo Marana (Ocauçu) “A saúde pública está muito difícil. Os recursos limitados e desatualizados dificultam a contratação de médicos para o atendimento básico e depois há dificuldade no atendimento nos hospitais regionais de referência em Marília para maior complexidade. É preciso definir a responsabilidade da União, do Estado e dos municípios”.

Ivan Zinetti (Alvinlândia) “A população dos municípios está pagando pela crise do país. Por isso, é preciso unir os prefeitos e cobrar os superiores”.

Fernando Garcia Simon (Vera Cruz) "A união dos prefeitos é essencial para cobrar responsabilidades da União e do Estado no atendimento mais complexo da população”.

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