Auditoria teria apontado desvio de R$ 2,7 milhões aos cofres públicos, envolvendo empresas e servidores
A Prefeitura de Marília abriu 38 processos administrativos contra empresas e servidores públicos que são suspeitos de um desvio de R$ 2,7 milhões nos cofres da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer. Teriam ocorrido durante quatro anos, na época chefiada pelo ex-secretário Eduardo Nascimento (PSDB), atual presidente da Câmara.
As portarias foram publicadas nesta semana no Diário Oficial do Município. A investigação foi iniciada após a administração municipal receber uma denúncia sobre emissões de notas "frias" por serviços não prestados à secretaria, além de superfaturamento.
Com base no relatório final, a Comissão Especial da Sindicância concluiu que existem indícios suficientes de infrações ético-disciplinares, ilícitos penais e atos de improbidade administrativa perpetrados por agentes públicos. Por isso, foram instaurados os processos administrativos.
Eduardo Nascimento é citado como um dos supostos beneficiados pelo esquema: "...as notas fiscais, foram atestadas e o pagamento das mesmas foram efetuadas com autorização do Secretario de Esporte, Sr. Eduardo Duarte do Nascimento, sem qualquer comprovação da execução do serviços/fornecimento".
Apesar disso, o atual presidente da Câmara não é alvo direto das investigações. Além de Eduardo Nascimento, as irregularidades foram atribuídas a outros cinco agentes públicos, e mais de 30 empresas e associações são apontadas como envolvidas nas supostas fraudes.
Auditoria “criminosa”
Ao ser procurado para falar sobre essas denúncias de possível desvio milionário, Eduardo Nascimento (foto) classificou a auditoria como “criminosa”. Ele afirmou que “não há provas e que simplesmente acusa a ele, servidores e empresas de desvios”.
No comunicado, Nascimento diz que vai provar sua idoneidade e garante que tem todos os documentos para isso, que serão apresentados aos Ministério Público e para a Justiça. Com informações: G-1.
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