Prefeitura nega reajuste na tarifa de ônibus. Empresas podem ir à justiça ou deixar a cidade

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A decisão do prefeito Daniel Alonso, de negar reajuste na tarifa de ônibus (anunciada hoje) pode levar às duas empresas a adotarem medidas extremas. A Sorriso  de Marília poderá ir à justiça (visando garantir o equilíbrio econômico-financeiro do contrato firmado) enquanto que a empresa Grande Marília poderá até ir embora de Marília, rescindindo o contrato em virtude desse desequilíbrio econômico-financeiro. Em nota, a AMTU (entidade que representa as empresas) limitou-se a informar que "as empresas agora estudam quais medidas legais".

No final da manhã, a Prefeitura divulgou nota oficial anunciando o "reajuste zero" da tarifa no transporte coletivo em Marília. “Nós entendemos as dificuldades que empresas enfrentam todos os dias e o esforço que elas desempenham para transportar os marilienses, mas não posso autorizar o reajuste sendo que a população não está contente com os serviços prestados”, afirmou o prefeito Daniel Alonso na coletiva à imprensa. Os empresários queriam um aumento de 23,6%, ou seja, de R$ 3,00 para R$ 3,71.

A Prefeitura informou ainda que "enviou diversas reivindicações para a AMTU (Associação Mariliense do Transporte Urbano), entre elas, a volta das catracas no Terminal Urbano, um novo sistema híbrido de cobrança de passagens, novas linhas para bairros recém-formados e a pontualidade nos horários dos ônibus". A possibilidade de aumento só poderá ocorrer após serem atendidas essas reivindicações.

No vídeo, distribuído pela Prefeitura, Daniel Alonso explica o motivo de não autorizar o reajuste:

REAÇÃO DAS EMPRESAS

No começo da noite, a AMTU (Associação Mariliense do Transporte Urbano),  também divulgou uma nota oficial sobre as declarações do chefe do Executivo e ao mesmo tempo lembrou que está sem reajuste na tarifa há 25 meses.

"Nesta segunda-feira, dia 13/11, foi realizada a reunião do SAF, para se discutir o reajuste da tarifa, visando o reequilíbrio do contrato. No entanto, a Emdurb não apresentou nenhuma proposta técnica. Fez apenas conjecturas sem a devida abordagem técnico-contratual", afirmou a AMTU. 

E acrescentam: "Com relação a necessidade de mais melhorias no sistema, as empresas declaram que em nenhum momento receberam qualquer reivindicação oficial, além das propagadas pela imprensa. Entretanto, as empresas realizam investimentos constantes desde o início das operações, das câmeras de vídeo para o monitoramento da segurança dos clientes, do GPS em todos os veículos para informações em tempo real através de aplicativos on line, e de cursos de aperfeiçoamento periódicos aos motoristas e funcionários".

Diante do reajuste negado pela Prefeitura, "as empresas agora estudam quais medidas legais devem tomar para se garantir o equilíbrio econômico-financeiro do contrato firmado para a concessão dos serviços de transporte coletivo em Marília", conclui a nota da AMTU.

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