Foco está na reforma do estádio Pedro Sola que está com estrutura quase toda comprometida

O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Wlamir Motta Campos, estará nesta tarde em Marília. Ele vem discutir com lideranças locais como melhorar a estrutura do estádio Pedro Sola, na zona oeste, utilizado pela equipe de atletismo como local de treinamento para competições oficiais. A proposta inclui a implantação de uma pista emborrachada que, por oferecer um piso totalmente plano absorve impacto e aumenta resistência cardiovascular dos atletas.

Wlamir Campos (foto), que é a autoridade máxima no atletismo brasileiro, chegará em Marília por volta das 14h30. Ele tem agenda com o presidente da Câmara, Danilo Bigeschi, e posteriormente com o prefeito Vinicius Camarinha que tem um projeto em elaboração para transformar o local em um centro esportivo.

No final da tarde, ele vai conhecer a atual estrutura do estádio Pedro Sola e à noite (19h) estará na Universidade de Marília (Unimar) onde terá  encontro com a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação e Ação Comunitária, Fernanda Mesquita Serva e com a diretora do curso da Educação Física, Julia Zoccolaro. O objetivo dos encontros será discutir como viabilizar financeiramente a implantação desse projeto do centro esportivo no estádio Pedro Sola.

Quase sem estrutura

Apesar de ser um dos mais tradicionais estádios varzeanos de Marília, preferido por marilienses para caminhada também para a prática de exercícios físicos, atualmente sua estrutura do Pedro Sola deixa a desejar. Até hoje recebeu apenas pequenas reformas, mas a proposta agora será transformá-lo em um centro esportivo.

A iluminação constantemente é alvo de vândalos que arrancam toda a fiação em busca do cobre. Com isso, à noite permanece às escuras, o que compromete qualquer tipo de atividade física justamente no período do dia em que o calor é menor e muitas pessoas não teriam tempo em outros períodos devido ao trabalho ou estudo. 

A pista de atletismo até hoje passou por pequenas reformas até para sediar torneios esportivos, como a substituição do pedrisco. Todavia, existem muitos buracos e terra, aumentando o risco até de acidentes para quem caminha ou corre pelo local. Apesar de possuir uma academia ao ar livre, existem equipamentos quebrados e sem manutenção.


Apesar de ser muito frequentado e ter até uma escolinha de futebol, o estádio Pedro Sola precisa de uma estrutura melhor.

A situação é ainda mais complicada para os atletas que defendem Marília nas competições oficiais e utilizam a mesma estrutura para os treinamentos. Além da pista em precárias condições, eles possuem uma sala de musculação pequena, com aparelhos antigos e muitos quebrados. O material esportivo praticamente não existe.

Atletas ocupam o mesmo espaço da academia ao ar livre para fazer aquecimento e alongamento, já que não existe local apropriado no estádio.

Mesmo com todas essas dificuldades, Marília sempre foi considerado um "celeiro" de grandes atletas, como  Thiago Braz, um dos principais nomes do salto com vara no mundo e que começou sua carreira no estádio Pedro Sola, além de outras grandes revelações da cidade.

Aliás, em 2016, logo após se tornar medalhista de ouro olímpico do salto com vara, Thiago Braz defendia uma melhor estrutura para o atletismo local, tanto por parte do poder público como também dos empresários. Na época ele já citava, como exemplo, o estádio Pedro Sola.

Pista emborrachada


Uma pista de atletismo é muito mais do que uma simples arena para competições esportivas. Neste espaço atletas superam seus limites, estabelecem recordes e desenvolvem suas habilidades atléticas.

No caso do estádio Pedro Sola, por exemplo, a substituição do piso de pedrisco por borracha, garante mais conforto e a segurança. Com sua superfície macia ajuda a amortecer impactos, reduzindo o risco de lesões durante os treinos e competições.