Um professor de uma escola municipal de Cajati, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo, é apontado como suspeito de abusar sexualmente de pelo menos três alunas do 5º ano do Ensino Fundamental.
O docente é suspeito de levar meninas com idades entre 9 e 10 anos para uma sala vazia, durante o intervalo, exigir beijos na boca e colocar a mão nos órgãos genitais das vítimas. A mãe das crianças registraram boletins de ocorrência, e a história chegou na Secretaria de Educação do Município.
Débora Cristiane da Silva, mãe de uma das alunas supostamente abusadas pelo professor, relata que a criança foi chamada pelo homem para uma sala fechada, no intervalo entre as aulas. Ali, de acordo com os relatos da criança, o docente pediu um beijo à garota, antes de colocar uma das mãos por dentro da calcinha.
A mãe da criança soube da história por meio da diretoria da escola, após o retorno das férias escolares, em julho deste ano.
Após a reunião com a diretoria da escola, Débora, a filha e uma das coordenadoras foram à delegacia para fazer um boletim de ocorrência, registraram uma denúncia no Conselho Tutelar da cidade e foram ao Instituto Médico Legal (IML) de Registro, cidade vizinha à Cajati, para fazer um exame de corpo delito.
Justiça: Após quase três meses, Débora aguarda atitudes tanto da Prefeitura de Cajati quanto da polícia. Ela conta que o resultado do exame realizado no IML ainda não foi entregue à polícia e teme que as autoridades não deem andamento às investigações.
Nestes três meses, a mãe da criança encontrou o professor apenas uma vez, no Fórum da cidade, onde ele foi prestar depoimento. "Ele sentou ao meu lado com cara de deboche, uma risadinha de lado. Isso me irritou muito. Quero que ele pague pelo que fez. Como que ele pode mexer com uma criança?".
Outros casos: Quando soube do suposto abuso, Débora alertou outras mães sobre o crime cometido pelo professor. Após a reunião de mães, outros casos passaram a ser relatados por crianças que já foram alunas do suspeito.
A dona de casa Cleia Patrícia Pontes, mãe de uma ex-aluna do professor, soube do caso vivido pela filha de Débora e resolveu questionar a própria filha sobre as atitudes do docente. “Do ano passado para cá passei a ficar desconfiada. Ela estava vindo da escola com atitudes estranhas. Ela me pedia para tomar banho toda hora, chorava, tinha dia que pedia para faltar, não queria conversar. Nunca ia imaginar que estava acontecendo algo disso dentro da escola”, fala.
Outra mãe que acusa o professor de abusar sexualmente da filha é Cristiane Izabel da Silva Pontes. Ela conta que a criança passou a usar um short por baixo do uniforme da escola para evitar os abusos do professor. “Minha filha pediu para que mudasse de sala. A diretora não mudou, então ela começou a usar um short por baixo do uniforme e apertar o cinto. Só depois disso tudo que ela me contou a verdade sobre o professor”.
Fonte: G1
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