Professor gay adota 4 irmãos e ganha 45 dias de licença

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Mesmo direito dado a mães,licença de pais é de apenas 5 dias.

 

Um professor do curso de enfermagem da Universidade de Brasília, conseguiu, após dez meses de espera, o direito a licença-adotante de 45 dias para os quatro filhos, todos irmãos, que adotou com o marido no final de 2013.

 

O benefício, que por lei é de cinco dias para pais e de 45 dias para mães, foi o primeiro a ser concedido a um homem servidor público federal sem que houvesse a necessidade de se acionar a Justiça.

 

Juntos há quase 30 anos, Carlos Eduardo Santos, de 54 anos, e o aposentado Osmir Messora Júnior, de 53, iniciaram o longo processo de adoção há dez anos, quando ainda viviam em São Paulo. O processo, no entanto, não teve final feliz.


Mas quando o casal se mudou para Brasília, há dois anos, enfrentou novamente o longo processo e em pouco tempo o casal recebeu a ligação pela qual esperou por dez anos.

 

Os meninos

O primeiro contato de Messora e Santos com os meninos de 3, 5 e 7 anos foi por telefone. Eles viviam em Pernambuco e estavam havia dois anos no abrigo, após serem tomados dos pais pelo Estado por negligência.

 

Quando partiram para conhecer as crianças, foram surpreendidos com a notícia de que as crianças tinham um irmão recém-nascido.

 

“Eles disseram que não éramos obrigados a ficar com ele, mas nem precisamos pensar muito. Eles são irmãos. Na mesma hora falamos que sim.” diz Messora

 

Os irmãos já sabiam que teriam uma família “diferente”, com dois pais. “ A gente teve que explicar. Mostramos para ele o vídeo do nosso casamento, o álbum do casamento e aí eles entenderam e tiraram um pouco aquela coisa errada, aquela ideia que faziam dos homossexuais”, diz Santos.


Adaptação
Com a chegada dos três irmãos, o professor universitário teve direito a cinco dias de licença para passar com os filhos.

 

“Tive que voltar ao trabalho e as crianças ficaram basicamente com o Osmir. Tentamos minimizar o problema, mas ficamos um tempo numa situação difícil, eles chegaram a me acompanhar em reuniões." lembra o professor. 

 

A concessão da licença para as crianças levou mais do que o casal imaginava.


Final feliz
Passado quase um ano da adoção, os pais dizem que nem se lembram mais como era viver sem as crianças. Atualmente, a família vive em um espaçoso apartamento.

 

“É uma coisa supergratificante. Adotar um grupo de irmãos é muito melhor porque eles se ajudam. É diferente, eles têm um elo de ligação entre eles. Eles dormem todos no mesmo quarto. Ser pai é uma realização pessoal." diz.

 

Fonte G1


 

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