Transformando os quartos em salas de aula, ensino é dedicado às crianças que fazem tratamento no hospital.
A professora Michele Martins trocou a escola para dar aulas dentro do hospital, ensinando as crianças que passam por tratamento longo na Santa Casa de Marília.
A professora Michele transforma a ala pediátrica da Santa Casa em escola. Ela entra em contato com os professores de cada paciente para saber o que eles estão aprendendo e leva as lições para eles.
Hugo de 7 anos trocou a carteira por uma maca de hospital para poder estudar. Ele está internado há um mês porque teve 40% do corpo queimado em um acidente com álcool, mas nem por isso perdeu as lições que seriam dadas na sala de aula. “Agora ele já sabe escrever, já sabe ler, já sabe fazer números maiores, então ele está bem desenvolvido aqui”, afirma a mãe Cacilda de Andrade.
A pequena Mariana, de 3 anos e que faz tratamento no hospital há um mês, está recuperada de uma leucemia e ainda não pode frequentar a escola. Por isso, o início do processo de alfabetização está sendo feito no hospital.
“A Michele foi conquistando ela a cada dia, e hoje o que a Mariana sabe em relação as cores, números, historinhas vem da Michele. Ela faz um trabalho incrível com as crianças.” conta a mãe Viana Campoy.
As crianças que já estão melhores de saúde vão até uma pequena sala montada para atender os alunos, mas quem não pode recebe a professora no quarto mesmo.
Toda criança ou adolescente que está em idade escolar e é paciente do hospital pode frequentar as aulas. A ideia é que eles saiam daqui prontos para o colégio lá fora.
“A gente atende as crianças em educação básica, ou seja, a educação infantil, fundamental e médio. Só que as crianças da oncologia chegam muito novinhas aqui na maioria das vezes e aí é desenvolvido o trabalho com elas também. Eu tenho aluno de um ano e dois meses. Eles vão permanecer comigo por muito tempo, a gente não sabe o quanto vai ser esse período", explica a professora.
O pediatra Francisco Agostinho diz que o trabalho tem sido fundamental para a educação e a autoestima delas.
Fonte G1 (Fotos Reprodução TV TEM)
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