O ex-presidente da Emdurb (Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional), Rabih Nemer, divulgou nesta tarde à imprensa um documento na qual ele revogava a licitação que previa a instalação de radares em Marília. Mas, considerou "estranho" o fato de que já se passaram 12 dias e até agora a referida medida não foi publicada no Diário Oficial Eletrônico para que possa entrar em vigor. A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que está checando junto à nova diretoria da Emdurb o que teria ocorrido e deve divulgar uma posição oficial sobre o assunto ainda nesta tarde.
Rabih Nemer questiona o motivo de tanta demora.
"Eu sou contra a instalação de radares para punir os motoristas. O que o Daniel precisa fazer é recapear a cidade para dar mais segurança", afirmou Rabih que foi exonerado do cargo após um impasse político envolvendo as cartelas da Zona Azul (Rabih defendia que a Legião Mirim pagasse uma dívida junto à empresa referente ás cartelas) e também pela não contratação do seu cunhado para compor a equipe de assessores, sob argumento de que seria nepotismo.
Antes da revogação oficial, o então presidente da Emdurb já havia determinado a suspensão da licitação com objetivo de analisar toda a documentação. Na época, ele defendia, por exemplo, que os equipamentos sejam operados por funcionários da Emdurb e não terceirizados, como forma de evitar a chamada "indústria das multas". Além disso, é preciso avaliar também os locais de instalação, definidos no processo licitatório.
Mas, pouco antes de deixar o cargo e se tornar a segunda "baixa" no primeiro escalão de Daniel Alonso (a primeira foi do secretário de Obras, mas por problemas administrativos junto à CDHU - onde é funcionário de carreira), Rabih Nemer assinou a revogação da licitação dos radares, com base num parecer jurídico feito pela própria Emdurb.
Entretanto, para que a referida decisão tenha eficácia é necessário que seja publicado no Diário Oficial Eletrônico do Município. O ex-presidente da Emdurb garante que o referido documento já está na Prefeitura, mas até hoje "estranhamente" não foi publicado.
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