Você já ouviu falar sobre psoríase? Ou conhece alguém que convive com esta condição?

Hoje trazemos um bate-papo importante sobre o assunto com duas especialistas, médicas cooperadas da Unimed Marília, Dra. Natália Papa Órdenes e Dra. Mariam Auada Souto, ambas dermatologistas, que vão esclarecer dúvidas sobre a doença, assim como suas formas de tratamento.

A psoríase é uma doença crônica e inflamatória da pele que, segundo Mariam Auada Souto (foto), "afeta cerca de 3% da população mundial e pode variar de leve a grave". Os principais sintomas incluem placas avermelhadas com escamas esbranquiçadas, além de coceira e alterações nas unhas.

Para o diagnóstico, a dermatologista Natália Papa Órdenes explica que "o dermatologista reconhece a psoríase pelo aspecto das lesões, que podem estar em qualquer parte do corpo, como couro cabeludo, joelhos e cotovelos".

Causas e Sintomas

Os sintomas mais comuns incluem:

• Placas avermelhadas com escamas esbranquiçadas ou prateadas.
• Ressecamento, rachaduras ou descamação da pele.
• Coceira, dor ou sensação de queimação nas áreas afetadas.
• Alterações nas unhas, como espessamento ou descoloração.

Além disso, áreas de dobras da pele, como axilas e virilhas, também podem ser acometidas. O diagnóstico é clínico, e os dermatologistas são capazes de identificar a psoríase pelo aspecto típico das lesões.

Os fatores de risco incluem histórico familiar, estresse, infecções, uso de medicamentos específicos e obesidade. Embora não exista uma cura definitiva, é possível controlar a doença com tratamentos adequados.

Ambas as dermatologistas ressaltam que a doença tem um forte componente genético, mas também é influenciada por fatores como “estresse emocional, infecções e uso de certos medicamentos”, explica Mariam Auada Souto.

Tratamentos Disponíveis

O tratamento da psoríase varia conforme a gravidade. Para casos leves, o uso de cremes tópicos com corticosteroides e análogos da vitamina D é comum. Já para formas moderadas e graves, o tratamento pode incluir fototerapia, medicamentos sistêmicos e imunobiológicos.

Esses últimos, feitos a partir de organismos vivos, são altamente eficazes para reduzir as lesões e a inflamação da pele, representando uma evolução no manejo da doença.

Quanto aos tratamentos, Natália Papa Órdenes (foto) afirma que as opções incluem "pomadas, medicamentos orais e imunobiológicos", estes últimos sendo "altamente eficazes para reduzir as lesões e controlar a inflamação".

Prevenção e Controle

A psoríase não é contagiosa e, embora não seja possível prevenir a doença, alguns hábitos podem ajudar no controle dos sintomas, como a hidratação regular da pele, banhos de sol com moderação e a adoção de um estilo de vida saudável.

Cerca de 70% dos pacientes relatam que a psoríase afeta sua qualidade de vida, seja devido à aparência das lesões ou ao desconforto físico. O controle do estresse também é fundamental, já que muitas vezes ele é um fator desencadeante ou agravante.

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