Profissionais da área da saúde em Marília estiveram reunidos nesta segunda-feira (23) para definir diretrizes e ações no combate a leishmaniose na cidade. O encontro foi realizado na na sede da Secretaria Municipal da Saúde. A doença passou a ser ainda mais preocupante após a morte de uma mulher de 81 anos, no final do ano passado.
Reunião técnica na secretaria da Saúde: mobilização
A assessoria de imprensa não divulgou as medidas que foram definidas no encontro de hoje, já que novas reuniões estão sendo agendadas para os próximos dias, visando mobilizar toda a cidade. "Assim que as iniciativas forem definidas, será realizada uma coletiva de imprensa para divulgá-las", informa a nota oficial.
Um novo encontro deve acontecer nesta terça-feira (24), na sede da secretaria, com a participação da Unimar (Universidade de Marília), por meio do curso de Medicina Veterinária. “Vamos trabalhar juntos e utilizar nossa estrutura, alunos e professores para ajudar no combate à Leishmaniose”, disse o professor doutor e coordenador do curso, Fábio Manhoso. Ele lembrou também que o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo, do qual é Conselheiro Efetivo, vai apoiar a campanha.
De acordo com a secretária da Saúde, Kátia Ferraz Santana, a ideia é fazer um trabalho multidisciplinar com várias secretarias, como Meio Ambiente e Limpeza Pública e Educação.
A DOENÇA - A leishmaniose é uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue). O mais comum é o mosquito palha.
Pessoas com leishmaniose visceral geralmente têm febre, perda de peso, inchaço no baço e fígado, e alguns testes de sangue anormais. Por exemplo, pacientes geralmente tem baixa contagem de sangue, incluindo diminuição das células vermelhas (anemia), das células brancas e das plaquetas.
A doença tem tratamento e cura. No ano passado, foram identificados sete casos em humanos em Marília. Com exceção da morte suspeita registrada no final do ano passado, outros seis pacientes já superaram o sintoma e, após atendimento médico passam bem, se recuperando da doença.
CUIDADOS - Os cuidados ambientais são essenciais, mas, ao invés disso, nos últimos meses o lixo se acumula na cidade por falta de coleta periódica pelo Município, o que é fator de risco para a leishmaniose visceral.
O mosquito palha, que transmite a leishmaniose, se reproduz em material em decomposição, como lixo e madeira apodrecida. A criação de galinhas oferece risco porque esse animal é o primeiro hospedeiro, seguido do cão e, depois, do homem.
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