Presidente da Câmara defende contratação de mais profissionais

A atuação da Secretaria Municipal da Saúde, a despeito do aumento da demanda e de algumas críticas por parte dos usuários, apresentou significativo avanço neste ano e poderia melhorar com a contratação de mais recursos humanos. A colocação foi feita pelo presidente da Câmara Municipal de Marília, engenheiro Luiz Eduardo Nardi, ao final da audiência pública, quando foram apresentados os relatórios oficiais da pasta.

Dirigindo-se ao secretário da Saúde, Dr. Luiz Takano, o presidente solicitou que o relatório do próximo quadrimestre seja remetido aos vereadores com antecedência para melhor avaliação dos dados. Em seguida, afirmou que “os números apresentados pela rede são de uma grande magnitude, embora ainda haja reclamações”.

Ele observou que os noticiários mostram a questão da saúde em foco, com filas de espera por atendimento devido à “demanda reprimida e, evidentemente, nós temos que olhar para isso”. Nardi comentou sobre as dificuldades de contratação de recursos humanos sugerindo a “desvinculação do gasto do pessoal da FUMES (Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília). Isso é uma coisa Kafkiana. O município não repassa um tostão à FUMES e, no entanto, essa conta do pessoal é pregada no município”.

O presidente da Câmara afirmou que reconhece “o enorme esforço que vocês têm feito para colocar os PAs (Pronto Atendimentos) para funcionar. Vêm recursos para a construção, mas na hora de ter os quadros de recursos humanos, que são necessários, isso acaba extrapolando o percentual legal permitido para contratação”.

Finalmente, Nardi questionou o secretário Takano sobre os critérios para encaminhamento de pacientes de urgência e emergência. “Tem que haver uma tentativa dos PAs de ampliarem o seu atendimento e uma conscientização da população de que poderia ter o seu problema resolvido nos PAs antes de ir direto ao Hospital de Clínicas”, observou.

O secretário municipal da Saúde explicou o sistema de regulação, citando a Santa Casa como referência cardiológica e elogiou o HC. Segundo ele, apesar das filas de espera e das acomodações mais simples, o complexo tem pessoal treinado e infraestrutura tecnológica para atender casos de maior gravidade, como politraumatizados etc.