Em apenas dois meses a Seleção Brasileira já sentiu a diferença com a chegada de Pia Sundhage. As jogadoras realizaram apenas dois amistosos até o momento, contra Inglaterra e Polônia, mas saíram vitoriosas e com moral.

A artilheira Debinha tem sido o principal destaque até aqui, marcando três gols nas duas partidas disputadas. O objetivo é ganhar cada vez mais estrutura e chegar nas Olimpíadas de Tóquio com chances reais de título, ou pelo menos sonhando com alguma medalha.

Contratada em julho, logo após o fracasso do Brasil no Mundial da França, Pia Sundhage de cara já realizou algumas mudanças no estilo do time.

Em uma das primeiras coletivas, ela anunciou que contava com Marta nas convocações e que era preciso um plano de longo prazo para os objetivos do time. O principal foco seria no sistema defensivo, que mostrou falhas durante o primeiro semestre.

Logo nos primeiros dois amistosos, a Seleção já mostrou muitos lados positivos. No jogo contra a Inglaterra, realizado no dia 5 de outubro, a equipe conseguiu mostrar bom futebol e saiu com uma vitória por 2 a 1.

Debinha marcou os dois gols brasileiros no jogo, que contou com uma excelente partida da dupla de zaga Érika e Kathellen.

As rivais inglesas tiveram maior domínio da posse de bola, cerca de 60%, mas pouco ameaçaram a goleira Bárbara.

Na segunda partida, uma vitória por 3 a 1 contra a Polônia, o Brasil voltou a mostrar bom futebol. A equipe de Pia Sundhage conseguiu se impor dentro de campo e, com gols de Debinha, Tamires e Formiga, atropelou as adversárias.

O resultado foi suficiente para manter a invencibilidade da treinadora sueca e também o otimismo com os futuros jogos. A equipe deve voltar a se reunir apenas em 2020, quando as disputas mais complicadas começam.

Em busca das medalhas

Atualmente, o principal objetivo de Sundhage com a Seleção Brasileira é conquistar um título. A treinadora sabe que a grande oportunidade será no próximo ano, quando a equipe disputa as Olimpíadas de Tóquio.

Os prognósticos e palpites de futebol indicam que será uma disputa complicada, principalmente contra algumas das principais seleções do mundo. Alemanha, Estados Unidos e Japão são as equipes favoritas, mas nada impede que as meninas brasileiras surpreendam.

A treinadora sueca tem um bom histórico com Jogos Olímpicos. Em 2008, por exemplo, Sundhage era a treinadora dos Estados Unidos, que venceu a decisão contra o próprio Brasil. Quatro anos depois, nas Olimpíadas de Londres, ela voltaria a conquistar esse título.

Por isso, experiência é o que não falta para a nova comandante. Apesar da missão complicada, ela terá tempo para juntar uma forte equipe.

O caminho do Brasil começou da melhor forma possível, após fracassar com Vadão na Copa do Mundo da França.

São duas vitórias importantes, mesmo que contra equipes de um nível abaixo das principais rivais.

Porém, já é alguma coisa na preparação para 2020. Partidas contra grandes seleções não vão faltar, principalmente com a mentalidade que Pia tem conseguido colocar dentro dos gramados e nos vestiários da Seleção Brasileir