Sem receber salários há duas semanas, os funcionários da saúde aprovaram o início de uma greve a partir desta terça-feira (20) em Marília. A mobilização deve acontecer principalmente nos 30 postos de saúde, onde devem ser atendidos apenas os casos de urgência. Os funcionários foram contratados pela Gota de Leite dentro do programa ESF (Estratégia de Saúde da Família) , na qual a Prefeitura repassa os salários.

A assembleia terminou agora há pouco, em frente ao Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Campinas (Sinsaúde),  localizado na rua Amazonas. A greve começa às 6h. De acordo com o sindicalista, Aristeu Carriel, os salários estão atrasados desde o dia 6 e essa situação vem se repetindo nos últimos meses. Como vai completar 14 dias, os funcionários decidiram cruzar os braços. Só não devem parar nesta terça aqueles trabalhadores do PA da zona Sul e do CAOIM, que receberam os salários hoje.

De acordo com Aristeu, nos postos de saúde permanecerão trabalhando somente 30% do total de funcionários, conforme determina a legislação que trata do direito de greve. Os demais deverão se concentrar em frente à Prefeitura, na avenida Sampaio Vidal, como forma de pressionar o prefeito Vinícius Camarinha a liberar o restante do valor que deve ser repassado à Gota de Leite.

Pelo programa, a Prefeitura contratou a Maternidade Gota de Leite para contratar dos funcionários que atuam nas unidades de saúde. Os recursos são repassados pelo governo federal. Mas, todos os meses fica essa insegurança sobre o pagamento dos salários. O programa vai completar em novembro 18 anos de funcionamento em Marília.

POSIÇÃO OFICIAL - A Maternidade Gota de Leite informou nesta semana que lamenta essa situação, mas depende dos repasses de recursos da Prefeitura para efetuar o pagamento dos funcionários. Já a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que amanhã (terça) vai consultar as secretarias da Fazenda e Saúde sobre quando haverá a liberação do valor para pagamento dos funcionários que atual no programa ESF.