Simone e Simaria brigam na Justiça pelo corpo do pai

Artistas já exumaram dois restos mortais, mas sem sucesso e lembram: 'Amigos compraram o caixão'
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Simone e Simaria vivem um drama na vida pessoal. As cantoras estão a procura do corpo do pai, Antonio, enterrado como indigente após infarto, aos 44 anos, enquanto tomava banho. Atualmente, as conhecidas como Coleguinhas são a sensação da música sertaneja e abriram a Festa do Peão de Barreto.

Antonio foi sepultado como indigente porque, na época, a família não tinha dinheiro para o enterro. Simone e Simaria confirmaram já terem pedido a exumação de dois corpos. Mas os restos mortais de ambos não eram do pai das cantoras. "A gente não tinha nada. Nós morávamos em uma casa de tábua no meio do Garimpo do Arroz. Um lugar muito perigoso e todo dia a gente via pessoas mortas. Nosso pai estava ali tentando achar uma pedra. Aquele sonho de nordestino de achar uma pedra e salvar a família. A gente morava ali por isso", recordou, emocionada, Simaria.

A artista contou como descobriu a morte de Antonio. "Ele foi tomar banho e minha mãe chamou. Meu pai era assim: quando você chamava e ele atendia logo. Ele não respondeu e quando eu fui ver ele tava deitado no chão. Lembro até hoje. A água caindo nos pés, como se tivesse sentido alguma dor", acrescentou a cantora. "Tinha 8 anos e foram os amigos que compraram o caixão e ajudaram a fazer o enterro", completou Simone.

"Hoje a gente briga na Justiça para achar o corpo e fazer tudo direitinho", explicou. Já Simaria ressaltou que a maior dificuldade deve-se ao tempo que passou desde a morte do pai. "São anos. Faltavam cinco dias para o meu aniversário de 12 anos. E eu nesse correria louca não consegui parar para resolver. Depende da Justiça que determina um dia para poder exumar", finalizou, emocionada

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