O Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP) elaborou um abrangente estudo sobre as condições de vida e trabalho dos operários do setor. Ante a incômoda condição de categoria que mais registra acidentes fatais no Brasil, a “Pesquisa de Segurança do Trabalho” coloca-se como importante ferramenta na luta para prevenir acidentes no local de trabalho.
Segundo o presidente do Sindicato, Antonio de Sousa Ramalho, o Ramalho da Construção, um dos objetivos do levantamento é identificar causas de acidentes no setor, a fim de colaborar na criação de medidas prevencionistas que reduzam o número de ocorrências.
“A pesquisa mostra que a prevenção e conscientização do operário têm de ser ininterruptas e fazer parte da cultura da empresa. Não basta fornecer equipamento de proteção individual e coletivo. É preciso treinar o trabalhador, falar sobre prevenção, se responsabilizar pela segurança dentro dos canteiros”, afirmou Ramalho.
Acidentes - O sindicalista, que é deputado estadual pelo PSDB-SP, explica que a pesquisa é encomendada pela entidade exatamente para orientar esse trabalho, identificando pontos críticos que precisam ser enfrentados. O estudo mostra que os principais acidentes nos canteiros continuam sendo desmoronamentos, queda de grandes alturas e choque elétrico.
A pesquisa também traça o perfil do trabalhador na construção civil. “Observamos que os profissionais estão cada vez mais jovens, têm baixa escolaridade e dormem em torno de quatro horas por dia. Essas características precisam ser levadas em consideração, quando as empresas planejam suas estratégias de segurança no trabalho”, observa o dirigente. Estima-se que dez mil canteiros de obras estejam em atividade na base.
Consulta - Ramalho destaca que as informações servem para nortear ações das construtoras e do próprio Sindicato. O levantamento, que pode ser objeto de consulta a todos os segmentos da indústria da construção civil, foi apresentado na última sexta (24), durante solenidade com a participação de diversas lideranças sindicais e autoridades. Fonte: Agência Sindical.
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