Tumulto no funeral de Suleimani deixa dezenas de mortos e feridos

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Ao menos 35 pessoas morreram e outras 48 ficaram feridas durante tumulto nesta terça-feira (07/01/2020), no funeral do general iraniano Qassim Suleimani, morto sob aval do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O enterro, que ocorre em Kerman, cidade natal do militar, estava marcado para a manhã desta terça-feira, quatro dias após a sua morte. Um novo horário será anunciado mais tarde, dizem as autoridades.

Uma multidão se reuniu na Universidade de Teerã, onde o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, dedicou orações ao militar considerado herói iraniano, morto em ação dos Estados Unidos no Iraque.

De acordo com a TV estatal do país, a multidão foi formada por iranianos, que se alternavam entre explosões de tristeza e de fúria, com gritos como “Morte à América!” e “Morte a Israel!”. Dentre a multidão, também estava presente o chefe do movimento palestino Hamas, Ismail Haniyeh. 

Ao longo da caminhada, foram queimadas bandeiras dos EUA e de Israel, enquanto homens e mulheres pediam vingança pela morte de Suleimani. Um homem foi visto carregando uma placa em que era possível ler a hashtag #SevereRevenge (“Vingança cruel”), slogan que também tem ganhado as redes sociais de iranianos. 

Khamenei fez uma breve oração em árabe perante o caixão de Suleimani, do iraquiano Abu Mehdi Al Muhandis (o segundo no comando da coalizão paramilitar e pró-iraniana Hashd Al Shaabi), e de outros quatro cidadãos iranianos mortos no mesmo ataque dos EUA.

Tanto o líder supremo quanto outros dirigentes, como o presidente Hassan Rohani, o presidente do Parlamento Ali Larijani e o general Hosein Salami, saíram rapidamente do local, antes que a multidão tomasse as ruas de Teerã.

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