Mesmo com a notícia divulgada pela Prefeitura, de que serão liberados R$ 600 mil em duas parcelas (uma delas que está sendo creditada nesta sexta e a outra na próxima terça-feira, dia 17), para a Associação Beneficente Hospital Universitário (ABHU), responsável pela administração da UPA da zona Norte, ainda existe uma dívida de R$ 3 milhões que compromete principalmente a compra de material e remédios para atendimento aos pacientes.
Reunião dos prestadores de serviços da saúde na Prefeitura.
A informação foi revelada hoje pela superintendente, Márcia Mesquita Serva Reis. Apesar desses problemas financeiros, anunciou que, com os repasses anunciados pela Prefeitura, a UPA ampliou novamente o atendimento à população.
Durante o período de crise financeira, no final do ano passado, a Unidade de Pronto Atendimento só estava atendendo casos de urgência e emergência (classificação amarela). Agora ampliou também para a classificação "verde". Apenas os casos "em azul" serão encaminhados às unidades de Saúde.
"Se uma pessoa chega com tosse, mas não apresenta febre e nem dores pelo corpo, é classificada como azul e, portanto, é orientada a procurar uma unidade. Mas, se já apresenta febre e dores, será atendida na UPA", exemplificou a superintendente.
CRISE FINANCEIRA - Márcia lembrou que a situação se agravou porque nos meses de novembro e dezembro a Prefeitura não fez qualquer repasse financeiro à ABHU. Além do atraso no pagamento dos salários, fornecedores deixaram de receber e a unidade só não entrou em colapso porque houve o "socorro" do Hospital Universitário, fornecendo medicamentos e todo material de atendimento aos pacientes.
A superintendente acredita que a Prefeitura está buscando soluções para esse impasse, inclusive com a realização de licitações para compra de medicamentos e utilização na UPA. "Tanto que estamos ampliando novamente o atendimento na expectativa de que sejam encontradas soluções para a situação financeira", afirmou a superintendente.
Márcia: atendimento na UPA foi ampliado.
HERANÇA - Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura confirmou o pagamento das duas parcelas de R$ 300 mil e informando que nos próximos meses a administração já consiga realizar os pagamentos cumprindo os prazos. “Esperamos que esses atrasos sejam resolvidos o mais rápido possível. É preciso entender, que nós estamos vivendo um momento de transição, apenas há 12 dias no governo”, diz a nota.
Na questão da dívida de R$ 3 milhões com ABHU (Associação Hospital Beneficente UNIMAR), Daniel Alonso fez questão de enfatizar detalhes do pagamento na administração anterior. “Não foi empenhado o pagamento pelo governo passado desse valor. Então, precisamos conversar com o Jurídico do HBU e da Prefeitura para definirmos um modo de repassar esses pagamentos para a UPA”, afirmou.
FUNCIONAMENTO - “Posso garantir à população de Marília que jamais iremos fechar a UPA. Pelo contrário, queremos cada vez mais melhorar o atendimento”, garantiu o prefeito Daniel Alonso sobre boatos relacionados ao fechamento da unidade. “A UPA é serviço essencial para população de Marília e região. Nós temos consciência disso”, concluiu.
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