O "primeiro dia útil" da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da zona Norte teve uma verdadeira "prova de fogo" para toda a equipe. O movimento foi intenso, principalmente no período da tarde e agora à noite, com muitas reclamações quanto a demora no atendimento.
Por volta das 17h ocorreu um incidente, envolvendo a mãe de uma criança e uma médica que chegou a ser agredida. A Polícia Militar foi acionada e registrou a ocorrência. A direção do Hospital Universitário, gestor da UPA, informou que aumentou em 50% o número de médicos, mas a demanda superou todas as expectativas. Amanhã o número de médicos deve ser ampliado ainda mais.
Prefeito Vinicius discursa durante entrega da UPA.
A UPA, inaugurada no sábado, começou a funcionar no domingo, às 7h, atendendo cerca de 290 pacientes. Mas, nesta segunda-feira (primeiro "dia útil"), até às 18h, já haviam passado pelas consultas cerca de 400 pessoas. (Mais informações, clique AQUI)
De acordo com o diretor administrativo, Rodrigo Paiola, foi feito um monitoramento e, assim que ficou constatado que o tempo de espera estava aumentando, foram colocados mais médicos (50% de acréscimo), principalmente de pediatras e clínicos gerais, justamente as especialidades de maior demanda. De seis médicos, agora à noite nove estavam atendendo.
"Essa aumento da demanda já era esperada, mas nos surpreendeu", reconheceu Rodrigo Paiola ao explicar que não se trata de uma unidade que veio "somar", mas sim substituir e até ampliar a área de cobertura que já tinha uma demanda muito grande no antigo PA da zona Norte.
Ele garantiu que nesta terça-feira o quadro de profissionais será ampliado ainda mais para reduzir o tempo de espera. Observou porém que, como se trata de uma unidade de urgência e emergência, o paciente passa por uma triagem. Aqueles que não forem casos graves, terão que aguardar por ordem de classificação.
INCIDENTE - Um fato isolado, mas que chamou a atenção neste primeiro dia útil, foi um incidente quando a mãe de uma criança, durante o atendimento, irritou-se e acabou agredindo a médica de plantão. Rodrigo Paiola explicou que a mulher estava muito nervosa devido ao tempo de atendimento e não concordou com o diagnóstico, partindo para a agressão, sendo contida e depois deixou a unidade.
Rodrigo explicou que, como às 19h houve troca de plantão, o serviço social da UPA entrou em contato com essa mãe e pediu para que ela voltasse e fosse atendida por um outro pediatra. Mas, ao mesmo tempo houve registro da ocorrência para preservar a integridade da profissional agredida.
Márcia Serva, durante inauguração da UPA.
ATENDIMENTO - A superintendente da ABHU (Associação Beneficente Hospital Universitário), Márcia Mesquita Serva Reis, destacou a grande responsabilidade mas que será uma honra prestar um serviço de qualidade à população.
"Iremos cumprir á risca o planejamento traçado em benefício da saúde pública, num momento em que a Faculdade de Medicina da Unimar está completando 20 anos de atividades", afirmou.
“Estamos acompanhando o atendimento em todos os setores. Onde houver necessidade, a melhoria será imediata. Temos mais de 200 funcionários treinados para atender a demanda de pacientes com a máxima qualidade”, concluiu Márcia.
ESTRUTURA - A UPA é considerada um mini-hospital, com capacidade para atender até 300 mil pessoas (casos de média complexidade), como pequenas cirurgias, laboratórios de exames, leitos de observação (USI Unidade Semi-Intensiva), área de raio X redimensionada, eletrocardiograma, área de conforto para os profissionais e setor de apoio ao SAMU (Serviço Móvel de Urgência e Emergência).
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