"A resposta para essa pergunta é e continuará sendo uma só: sim, continue se cuidando, independentemente da estação”, alerta Marcos Junqueira do Lago, infectologista da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Ele explica que, apesar da incidência das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti diminuir durante o inverno, a exemplo da dengue, ela nunca zera. Ou seja, há sempre mosquitos voando e, com isso, a possibilidade de contaminação. Portanto, especialmente para as gestantes, a recomendação é que, sim, tem de se proteger! E os cuidados são aqueles que todo mundo já decorou: uso de repelentes e de calça e camisa de manga comprida, além de evitar as regiões com maior incidência e manter janelas fechadas ou teladas. Desde outubro do ano passado, o Ministério da Saúde já recebeu 7.343 notificações de casos suspeitos de microcefalia causados pelo zika vírus – e esse índice, infelizmente, se mantém em ascensão.
Embora os dias estejam mais frios nas regiões Sul e Sudeste do país com a chegada do outono, até o começo de abril ainda não haviam caído as notificações de contaminação por zika: entre fevereiro e abril o país já havia registrado mais de 93 mil casos da doença. No entanto, segundo o infectologista, é possível que haja uma redução nos números de novos casos a partir de maio ou junho e, certamente, no inverno (a partir de 21 de junho).
“Não posso dizer jamais que podemos ‘relaxar’ um pouco porque o risco existe. Mas podemos falar que essa época do ano é boa para quem quer engravidar, já que a menor incidência da doença aliada aos cuidados necessários podem tornar os riscos quase nulos para os primeiros meses da gestação, provavelmente os mais perigosos para a doença”, explica ainda o médico.
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